Crescimento Automotivo é uma luz de esperança para Ceva no Terceiro trimestre

A Ceva Logistics registrou resultados positivos em seu negócio automotivo para o terceiro trimestre de 2012, impulsionada por "um crescimento muito forte" na região das Américas. A situação na Europa, no entanto, continua a ser "motivo de grande preocupação", e a Ceva continua a sentir o impacto do fechamento de fábricas e da redução da produção. Sua resposta tem sido a rescisão de contratos de baixo desempenho e eliminação da regiao Sul da Europa como uma divisão operacional separada dentro de sua organização.

 

Por outro lado, a receita da empresa no 3º trimestre aumentou 5.1%, para €1,844m (US$2,949m), mais de €36 milhões desde o segundo trimestre, e quase um terço do que obteve entre o primeiro e o segundo trimestre (€96m). Durante os primeiros nove meses de 2012 (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), cairam 13.4%, para € 206m, o mau resultado, segundo a empresa, foi impulsionado principalmente pelo fraco desempenho na divisão de Logística de Contrato, que cresceu apenas 3.3% em relação ao mesmo período. 

 

Novo Diretor Executivo da Ceva, Marvin Schlanger disse que "não há perspectiva real de uma recuperação de mercado significativa e sustentada, a curto prazo." No entanto, a empresa está tratando a queda da rentabilidade com um plano de três partes abrangente para reduzir custos gerais e fazer poupança. 

 

Uma parte envolve mudanças administrativas e organizacionais. De acordo com Rubin McDougal, diretor Financeiro da Ceva, a empresa está eliminando a estrutura regional do sul da Europa, incluindo a sua sede em Milão, Itália, e seus escritórios na Península Ibérica e na Grécia, que agora se tornarão parte da região europeia mais abrangente. Os gerentes de negócios terão agora que se reportar diretamente a Leigh Pomlett, presidente da Europa do Norte, com sede no Reino Unido. A Ceva não quis fornecer comentário sobre o que isso significa para os diretores das regiões atingidas ao sul.

 

Essa região também afeta o Oriente Médio e África, e estas agora apresentarão um relatório intercalar para Anneharm Barkema, Diretor de Recursos Humanos da Ceva, até que um novo líder para a região seja escolhido no 1 º trimestre do próximo ano. 

 

A segunda parte do plano da Ceva é reduzir os custos fixos em sua rede de gestão de mercadorias na Europa do Sul, menos na Itália (seu principal mercado na região), uma vez que a empresa está relatando um crescimento um pouco surpreendente relacionado a produção de componentes para os mercados internacionais.

 

Em terceiro lugar, a empresa está saindo ou renegociando os contratos de baixo desempenho, incluindo automotivos, quer para obter um melhor retorno sobre o investimento, quer para cortar suas perdas. 

 

"Temos dado avisos aos clientes, dizendo-lhes que estamos cessando nossos direitos de rescisão e estamos deixando os contratos", disse McDougal, mas acrescentou que, em outros locais continua a trabalhar com clientes "para mudar os termos, o alcance ou a preços, a fim de fazê-los dar [ a Ceva] um retorno adequado".

 

A empresa disse que também está esperando novas vitórias em contratos logísticos e gerenciamento de fretes, incluindo os do setor automotivo. "Essas novas vitórias vão começar a fazer a diferença, algumas delas ligadas a gestão de mercadorias já começaram, mas a logística de contrato normalmente demora um pouco mais", disse McDougal.

 

Boom nas Américas

A Ceva informou que seu negócio de Frete Marítimo teve também um forte crescimento com o setor automotivo sendo "um estimulador significativo", especialmente por causa do boom da indústria automobilística nos EUA. "Nós estamos analisando as montadoras de lá que diversificaram sua base de fornecimento trazendo muitos componentes da Ásia. Nós também estamos presenciando volumes intra-Ásia automotivos indo bem", disse McDougal.

 

Mas é nas Américas que a Ceva tem visto seus melhores resultados ao longo do trimestre, particularmente na América do Norte, onde o volume de unidade na indústria aumentou substancialmente.

 

"Não obstante a suavidade no resto da economia, a maioria dos principais fabricantes de automóveis estão falando de outro bom ano no próximo ano", disse McDougal, citando uma reunião esta semana com um dos "Big Three" que estavam relatando uma forte previsão, acima da média para 2013 em comparação aos seus concorrentes. 

 

Bem como os EUA e o México, a Ceva também está se beneficiando do crescimento automotivo no Brasil graças, em parte, às extensões de esquemas de incentivo recentes. "Há sempre a questão de quando os incentivos terminarão ou não, mas dois grandes clientes [automotivos], que juntos foram responsáveis ​​por 50% do mercado, estavam muito otimista lá", relatou McDougal.