Adeus ao segundo trimestre diz Ceva
Ceva Logistics tem o prazer de dar adeus ao segundo trimestre, o qual seu diretor financeiro, Rubin McDougal, disse que foi decepcionante em termos de crescimento do volume previsto na divisão de carga aérea, e teve um fraco desempenho no setor de logística de contrato, em grande parte por causa da perdas no sul da Europa. "Estou feliz que acabou", disse ele a Automotive Logistics News
"Temos uma grande presença no sul da Europa, e tais contratos tiveram mal desempenho, uma vez que alguns dos principais clientes viram suas empresas declinar em até 15-20% em alguns casos", disse McDougal. "O Sul da Europa teve o maior baque, e a maior parte dos nossos negócios na região é no setor automotivo", acrescentou.
Os resultados para o segundo trimestre, divulgados na semana passada, mostram que as receitas aumentaram 5.5% para €1,808m ($2,229) no mesmo trimestre de 2011, mas que os lucros ajustados antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA), registraram um decréscimo de 13.6 %, para €70m. Embora a gestão de mercadorias manteve o EBITDA no mesmo nível que o mesmo período do ano passado, e tenha representado um aumento da receita em 9%, foi compensado por uma queda em contratos logísticos, que embora tenham registrado um crescimento de 3%, na verdade, mostraram um declínio quanto aos ajustes.
No entanto, a empresa obteve alguns ganhos no frete marítimo, ganhando quota de mercado de concorrentes menores e realizando "marginalmente melhor do que a média do setor", segundo a empresa. O setor automotivo continua sendo "um ponto luminoso" em termos de embarques marítimos para Ceva, o que possibilita aos seus clientes a obtenção de uma melhor compreensão de suas operações, especialmente na área Ásia Pacífico. McDougal disse que a maior parte do crescimento significativo que tem observado em seus negócios de cargas "menores do que containêres", encontra-se no setor automotivo. Na verdade, é esta transferência modal para o oceano, que impactou parcialmente os volumes de carga aérea.
"Se você é um fabricante de automóveis isto faz sentido", disse McDougal. "[O cliente] tem melhor disciplina em seus processos, tendo melhorado certos aspectos, e são capazes de tirar proveito de nossa capacidade de oferecer uma opção marítima muito boa."
McDougal disse que a trégua da pressão quanto a capacidade de produção, tem proporcionado latitude para determinadas empresas, que puderam mover seu volume através de serviços marítimos.
Dito isto, McDougal destacou o fato de que o transporte aéreo é cíclico, e que uma vez que uma recuperação econômica ocorra, o setor teria um crescimento acima da média.
No que diz respeito ao seu negócio de logística de contrato, Ceva está considerando agora o que ele chamou de "oportunidades para redução de custos", diretos e indiretos. Isso inclui fatores como a redução da quantidade de instalações que ele utiliza no sul da Europa por não renovar contratos de arrendamento, ou exame dos contratos individuais, oferecendo ao cliente a chance de mudar a sua instalação específica para uma de multi-uso.
"Usamos uma oportunidade como esta para comprimir a área. Em alguns locais de contratos de logística, somos capazes de adentrar e retirar certos custos muito rapidamente através da racionalização da área, obtendo assim uma melhor utilização da capacidade", disse McDougal.
Quanto a gestão de cargas, a empresa está em sua melhor forma, e não fechará nenhuma de suas estações. Toda a rede as instalações da empresa tem se beneficiado com a seu Projeto Uno, uma iniciativa de padronização, que está próxima da conclusão.
McDougal disse que a iniciativa estava entregando processos e sistemas consistentes, que permitem que a Ceva considere as suas métricas em todo o mundo, de uma maneira uniforme.
"Podemos observar áreas que eram mais difíceis de visualizar no passado, e identificar oportunidades de produtividade que nos permitem fazer a mesma quantidade de trabalho utilizando diferentes processos", disse ele.
Isso inclui a redução da quantidade de trabalho que a empresa utilizava anteriormente para colocar em movimento uma única expedição ao utilizar o pessoal de base melhor capacitado e reduzir horas extras.
"Ou talvez tenhamos outras situações em que podemos reduzir a quantidade de equipamentos necessários, porque nos tornamos mais eficientes", acrescentou McDougal.
Na Ásia Pacífico, onde Ceva está indo bem, a situação é favorável por outras razões. Aqui, o mercado parece estar mudando passando de um no qual as empresas possuem tendências históricas de serem mais internamente integrados quanto a logística, para um onde há agora um maior número de empresas de terceirização de 'primeira viagem'.
Usando a China como um exemplo, McDougal disse que as empresas nativas estão aumentando o uso de provedores terceirizados para atividades como gestão de seus armazéns, oferecendo oportunidades para Ceva.
"Não é apenas o crescimento econômico, mas a mudança de comportamento de clientes", observou ele, e isto é algo que tem se tornado mais pronunciado nos últimos 6-18 meses.
Sobre a questão dos movimentos iniciais da CEVA em maio deste ano com a flutuação de seu negócio na Bolsa de Nova York, em uma tentativa de levantar $400 milhões do capital social, pouco havia sido registrado.
McDougal disse que a apresentação foi um passo processual que era necessário para o eventual processo de uma maior venda de ações, mas que a empresa não se comprometeu a fazê-lo.