Renovada a ameaça de greve para portos dos EUA
A costa Leste dos EUA e os portos do Golfo estão enfrentando uma ameaça renovada de greves generalizadas no final de dezembro, com a extensão para o processo de negociação em curso entre o United States Maritime Alliance (USMX) e a Associação Longshoreman Internacional (ILA), que expirará no dia 29 Dezembro. Se a greve for adiante, atingirá a movimentação de contêineres nos portos, bem como máquinas, equipamentos e outras cargas de projetos no setor de carga de peso. Empresa líder de despacho marítimo, Maersk, já está falando sobre a imposição de sobretaxas de cargas norte-americanas de até US$ 800 por TEU, caso o rompimento industrial se consolidar. Outros fornecedores devem seguir o exemplo.
A ação industrial, que pareceu mais provável após o colapso de sessões de negociação na terça-feira desta semana, afetaria os principais portos dos EUA, incluindo Baltimore, New Brunswick e Jacksonville, bem como os portos de Nova Jersey e Nova York. A ameaça direta para embarques de contêineres de peças, reflete os problemas recentes que os EUA tiveram nos portos da Costa Oeste de Los Angeles e em Long Beach (leia mais aqui
http://www.automotivelogisticsmagazine.com/Newsitem.aspx?aid=1580#story
Os membros da Comissão de Negociação USMX, que representa as transportadoras de contêineres, empregadores diretos e associações portuárias, se reuniu com os delegados salariais do ILA na semana passada para proposta de um novo contrato. Tal proposta foi rejeitada, e votos a favor da greve foram tomados, de acordo com USMX. Quando a mediação Federal e o Serviço de Conciliação (FMCS), recomendaram uma extensão de contrato curto para manter ambas as partes satisfeitas, o ILA supostamente rejeitou.
A disputa envolve regras de horas extras e royalties para contêineres e pagamentos feitos aos trabalhadores sindicalizados com base no peso da carga recebida em cada porto. A USMX quer remover os pagamentos de royalties de contêineres para novos funcionários, mas propõe que os destinatários já existentes continuarão a recebê-los nos níveis de 2011 por 25 anos, ou até que eles deixem a indústria. Pagamentos de royalties anuais podem atingir somas de entre US$ 50.000 e US$ 100.000.
De acordo com Bill Kerrigan, diretor da KGI Consulting, enquanto os embarques de contêineres estão determinados a ser afetado pela ação, cargas de caminhões e carros não serão, e continuarão a serem carregadas e descarregadas como de costume. No entanto, os navios roll-on/roll-off que transportam cargas de construção e equipamentos agrícolas ou cargas de projeto, não serão afetados porque são considerados como carga automatizada. É provável que isso tenha um impacto sobre prestadores de serviços logísticos, como Wallenius Wilhelmsen Logistics (WWL), que é especializada em veículos e transporte de carga.
Em termos de transferências de contêineres de peças, montadoras, de acordo com relatos, fizeram preparativos antes de qualquer ação para peças de embarques em suas instalações de montagem, com planos de contingência de embarques para movimentação através de outros portos, como Halifax na Costa Leste do Canadá, ou por meio do porto na costa oeste de Vancouver. Os OEMs medirão a rapidez com que a interrupção dos serviços portuários é suscetível de afetar as fábricas de montagem, e responderão de acordo.
Período estendido para negociação
A greve na Costa Leste e em portos do golfo foi prevista no início de outubro, mas cancelada quando o USMX e o ILA concordaram em estender a negociação coletiva por um período de 90 dias, ou até o final de dezembro, após a Mediação do Federal Mediation and Conciliation Service (FMCS). Essa decisão era, de acordo com eles, "para o bem do país" e concebida para evitar qualquer interrupção no comércio interestadual, de acordo com o FMCS (leia mais aqui http://www.automotivelogisticsmagazine.com/Newsitem.aspx?aid=1512#story)
O comércio parece agora estar ameaçado novamente, inclusive no setor automotivo, por causa de uma falha no acordo quanto as principais questões em jogo nas reuniões da semana passada.
Em reuniões menores do comitê realizadas na semana passada, mais uma vez em conjunto com a FMCS, o ILA apresentou uma contraproposta para USMX, enquanto várias questões eram discutidas. No entanto, nenhum acordo foi alcançado, disse a USMX.
Diante de uma greve, o governo federal poderia invocar o Taft-Hartley Act, uma lei destinada a limitar o impacto de greves no comércio, o que poderia forçar trabalhadores sindicalizados a voltarem ao trabalho de forma eficaz, enquanto negociações fossem aguardadas.