Acordo preliminar termina as chamadas greves portuárias
A segunda semana de greve nos portos de Los Angeles e Long Beach, pode ser evitada, após relatos iniciais de que um acordo havia sido alcançado hoje entre Longshore Internacional e Warehouse Union (ILWU), e LA/Long Beach Harbor Employers Association (HEA).
 
Mediadores federais de Washington DC ajudaram a intermediar um acordo provisório, de acordo com relatos, seguindo a ruptura de negociações na semana passada.
 
Com 10 dos 14 terminais de contêineres entre os dois portos parados e navios sendo redirecionadas para outros portos da Costa Oeste, a notícia de que o impasse poderia estar prestes a acabar é bem-vinda, não menos para a indústria automobilística, que estava enfrentando a escassez iminente de peças.
 
Ao mesmo tempo em que os terminais de veículos acabados permanecem abertos, incluindo aqueles operados pela Nissan e WWL em LA, e pela Toyota em Long Beach, peças automotivas foram afetadas de acordo com um porta-voz do porto de Long Beach.
 
"Cerca de 40% das autopeças importadas para este país chegam através destes portos", disse ele. "Assim, muito em breve, haverá escassez de peças".
 
Montadoras têm considerado medidas de contingência para o abastecimento.
 
"Continuamos a monitorar o impacto das greves portuárias em Los Angeles e Long Beach em nossas operações de fabricação", disse um porta-voz da GM. "Estamos investigando contramedidas adequadas, mas neste momento não prevemos quaisquer interrupções em nossas fábricas".
 
A greve começou na terça-feira passada, quando 600 trabalhadores de escritório filiados ILWU deixaram o trabalho por causa de uma disputa sobre contratos. De acordo com o ILWU os trabalhadores estiveram sem contratos por dois anos, e seus empregos são ameaçados por terceirização. 10.000 estivadores e outros membros do sindicato, se recusaram a cruzar as linhas de piquete, o que causou a paralisação dos terminais nos dois portos.
 
"Piquetes não estão afetando o trabalho nos terminais de veículos, até onde percebemos", disse um porta-voz do porto de Los Angeles na terça-feira, [e] "não temos qualquer congestionamento em terminais ferroviários, ou estradas que afetariam veículos ou entregas de equipamentos fracionada ou em massa", acrescentou.
 
No entanto, o impacto econômico global da greve foi estimado em mais de US$1 bilhão por dia.
 
"Esta disputa tem impactado não apenas nossa força de trabalho, mas todas as partes interessadas que vendem mercadoria, através de nosso complexo e potencialmente centenas de milhares de postos de trabalho que estão direta ou indiretamente relacionados com as operações portuárias. No atual cenário de transporte, não podemos nos dar ao luxo de perder carga ou a nossa vantagem competitiva", disse a diretora executiva do porto de Los Angeles, Geraldine Knatz.
 
Conversações fracassaram na semana passada quando os empregadores deixaram as negociações de acordo com a International Transport Workers Federation, uma filiada da ILWU.
 
O secretário-geral da ITF, Stephen Cotton disse: disse que condenou a greve como "conduta pouco profissional" que estava prejudicando "o porto e suas comunidades de trabalho".
 
No entanto, a Asociação de trabalhadores do porto de LA/Long Beach (HEA), que representa as agências de navegação e operadores de terminais no sul da Califórnia, chamaram as demandas do sindicato de trabalhadores de escritório local como "desproporcionais" e disseram que as novas concessões que haviam exposto foram rejeitadas pelo ILWU. Estas, de acordo com o HEA incluíam a exigência de que os empregadores contratariam trabalhadores temporários e contratariam novos funcionários, mesmo se não houvesse trabalho para eles executarem.