EUA acusam a China de impostos injustos para veículos e peças
O governo dos EUA lançou uma nova ação comercial junto a Organização Mundial do Comércio contra subsídios de exportação para veículos e peças chinesas, as quais o representante do Comércio, Ron Kirk, considerou injustas e disse que distorcem o comércio internacional. O mais recente desafio contesta US$1 bilhão em subsídios, e vem após uma queixa anterior, em julho, que acusou a China de impor taxas injustas com US$3.3 bilhões em exportações norte-americanas de veículos, principalmente da GM e Chrysler.
"Estes são subsídios que prejudicam diretamente os homens e mulheres trabalhadores nas linhas de montagem em Ohio e Michigan, e em todo o Centro-Oeste", disse o presidente Obama durante um discurso de campanha em Cincinnati nesta semana. "Vamos colocar um fim nisto. Não é certo, é contra as regras, e não vamos deixar isto continuar."
Em resposta, a China lançou a sua própria denúncia à OMC alegando que os EUA injustamente calcularam as novas tarifas e impuseram compensação e medidas anti-dumping sobre uma ampla gama de produtos, incluindo papel, aço, pneus, magnéticos, produtos químicos, equipamentos de cozinha, piso de madeira e torres.
De acordo com o Departamento de Comércio dos EUA o déficit comercial de veículos dos EUA com relação a China atingiu US$5.3 bilhões no ano passado, um aumento de 56% sobre o ano anterior. Enquanto isso, o déficit em autopeças chegou a US$10.5 bilhões, 20% superior ao ano de 2010. Os números mostram que em 2011 o valor das exportações norte-americanas de peças de veículos para a China atingiram US$1.5 bilhões, enquanto o valor das importações da China atingiram US$12 bilhões.
Em dezembro do ano passado o Ministério do Comércio da China acusou os EUA de dumping e de subsidiar veículos no país, causando danos à indústria doméstica da China e taxas aplicadas em veículos de grande porte. Para a GM isto significou um aumento de 22% em alguns SUVs e veículos com motores de capacidade superior a 2.5 litros. A Chrysler enfrentou uma penalidade de 15%. A Ford não exporta veículos fabricados nos Estados Unidos para a China.
Isto sobre um aumento de 25% no custo de carro importado dos EUA através de impostos existentes e taxas impostas pelo governo chinês. A combinação faz com que veículos montados nos EUA custem três vezes mais na China.
Nem a Chrysler nem a GM quiseram comentar sobre a decisão da administração dos EUA.