Veículos retidos no porto argentino
 
Por Barry Cross
 
Cerca de 20.000 carros foram relatados como encalhados no porto argentino de Zárate por não possuírem licença de importação. O terminal Portuário de Zárate está tendo de suportar o peso do problema, pois é responsável por 90% dos negócios de importação e exportação da Argentina.
 
Esta falta de licenças emitidas com suficiente rapidez, aumentou as preocupações dos importadores que já estão sendo prejudicados pela desaceleração global no negócio, a qual também atingiu as peças de reposição. A situação tem sido criticada por Miguel Ponce, diretor da Câmara de Importadores da Argentina (CIRA), que disse que era ainda mais um exemplo da má gestão do comércio exterior.
 
Ele observou que o problema é recorrente, citando o exemplo de 30.000 unidades que ficaram presas na área aduaneira do porto por mais de um ano após a decisão tomada pelo Secretário de Estado do Comércio Externo para abrandar a concessão de licenças de importação.
 
Anteriormente, havia levado cerca de 25 dias antes que a papelada necessária fosse colocada em prática. No entanto, o ministro em questão, Guillermo Moreno, aumentou isto em mais 10 dias, ou seja, levaria até 35 dias para que uma licença fosse emitida. Algumas empresas relataram ter de esperar por entre 45 e 60 dias.
 
O movimento do governo, segundo relatos, será implementado para evitar que dólares sejam levados para fora do país, e faz parte de uma política destinada a reprimir a lavagem de dinheiro por cidadãos titulares de moeda estrangeira não declarada.
 
"O que está acontecendo no porto de Zarate é típico de situações em que a demanda está (irregularmente) dirigindo o cumprimento de obrigações contratuais", disse Ponce.  
 
Até recentemente, a indústria automobilística foi um dos motores do crescimento econômico, mas foi advertido que a queda na receita provocada pela política do governo, poderia impactar negativamente quanto a disponibilidade do capital em outras indústrias-chave.

 

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