Taxas do momento aumentam à medida que greve se aproxima

Conforme a ameaça de greve generalizada de trabalhadores portuários no leste dos EUA e na costa do Golfo se aproximam, segundo relatos, as empresas de navegação estão elevando os preços à vista para contêineres nas rotas entre a Ásia e os EUA.
 
Citando dados recentes do Shanghai Containerised Freight Index, a Lista da Lloyd informou esta semana que as taxas nas rotas entre a Ásia e os EUA aumentaram para US$221 por TEU para os portos da costa leste (quase 9%), e para US$246 por TEU para a costa leste (até 6.6%). O especialista marítimo disse que os aumentos foram reportados sob a sombra de uma greve iminente de trabalhadores portuários dos EUA.  
 
Cerca de 15 mil trabalhadores portuários estão prontos para deixar o trabalho no dia 01 de outubro, caso as negociações sobre as regras de horas extras e royalties de  contêineres entre a Associação Internacional de Estivadores (ILA), e a Aliança Marítima dos EUA (USMX) não forem resolvidas até o final do mês.
 
Conforme relatado no início de setembro, a greve poderia congelar a atividade nos portos, que incluem alguns dos mais movimentados da América do Norte.  
 
O impacto sobre a movimentação de contêineres nos portos ameaça embarques de peças em um momento no qual as importações aumentaram, ajudadadas por fortes movimentos de peças automotivas. De acordo com a agência de inteligência comercial PIERS, as importações subiram 9.7% em Julho em comparação ao ano interior, para mais de 1.56m unidades de TEUs, com peças automotivas que mostram um aumento de 25%.
 
A ação também poderia atingir processamento de veículo em portos, incluindo Baltimore, New Brunswick e Jacksonville, bem como o porto de Nova Jersey e Nova York, todos os quais representam os cinco principais portos norte-americanas de veículos.  
 
As conversações fracassaram em setembro, quando o ILA criticou a USMX por "destruir o fluxo de negociações produtivas com propostas ultrajantes e uma atitude de 'pegar ou largar'".
 
UMSX respondeu que estavam "prontos e dispostos a se engajar na negociação abrangente para chegar a um acordo sobre um novo contrato", mas disse que qualquer diálogo deveria incluir a discussão substantiva das ineficiências existentes que se infiltraram nas operações portuárias.
 
Na semana passada, as negociações foram retomadas, com a ajuda do Serviço de Mediação de Conciliação Federal (FMCS), uma agência governamental criada com a finalidade de facilitar as relações de trabalho tensas e evitar greves. Há menos de duas semanas para que um acordo seja feito.